Quem visita a cidade do Rio de Janeiro precisa de muitos dias para conhecer apenas um pouco das muitas maravilhas da natureza que aqui existem. Mas há uma atração que não é muito citada nos folders das agências de turismo. A brincadeira natural no jeito de falar do carioca. 

Logicamente, isso não será notado nos pontos mais badalados da cidade, a preocupação com a segurança entre outras coisas, faz com que todos sintam-se um pouco tensos nesses dias em que estamos vivendo . Por isso, andando pela Tijuca, encontrei uma feira livre, simples, comum, como tantas que existem e funcionam neste exato momento em praticamente todas as cidades brasileiras e resolvi passear por ela.

Encontrei pessoas. Gente trabalhando ou comprando, que de uma forma expressiva, literalmente, fez com que eu deixasse de olhar as bancas muito bem montadas e bem variadas. Tanto o jeito de comprar como a forma de vender pareciam musicais. Era como se obedecessem um roteiro, leve e agradável, de uma peça teatral dinâmica e de curta duração. Eu quase começo a comprar, sem ter como nem para onde levar. Mas perguntei bastante, coisas como origem, preços e outras singularidades dos produtos. Bom conversar com essas pessoas. A leveza parece até um atrevimento, mas o direito de brincar também te pertence. Presenciei várias conversas que pareciam cenas de uma comédia ou de um programa humorístico de TV.

Mas, o que importa é que a sensação é muito boa. É um passeio descompromissado, que deve ser feito sem pressa e, como em todas as feiras livre, terminar na barraca do pastel, acompanhado de um caldo de cana. Ou com um suco de cana, como diz Julia, minha netinha. A feira acontece todas as 5a. feiras, na Rua Morais e Silva, na Tijuca.